Conjunto Musical Gilez

Os Anos Dourados foram reluzentes demais para serem esquecidos.

26.9.07

Amor com amor se paga*

Na real, o que a Gilez gosta mesmo é de música de amor. A gente toca umas músicas meio malvadas e roqueiras, mas a maioria das canções do repertório é pedindo pra alguma mina vir, voltar, ou pegar na nossa mão.
E no início da banda, metade do show era de baladões de amor. Depois a gente aprendeu que balada é muito bonito, mas cansa e as guria vão pra noite é pra dançar mesmo, então costumamos restringir os baladões tipo "This Boy" ou "I Won't Stand in Your Way" a um ou dois por evento. Exceto em casamentos ou festas de Bodas de Ouro, onde a gente solta a choradeira afu.
Eu tô sempre ouvindo canções de amor, até porque são as únicas que importam de verdade se tu pensar bem. Lentas ou rápidas. Vai aí então uma lista curta das minhas prediletas de setembro, porque música de amor é assim: tem que estar na moda no teu coração. (Ui.)

Colegas de banda e leitores, abram seu coração também.

Beach Boys - Surfer Girl
Ray Charles - Drown in my own tears
Paul McCartney - Every night
Stray Cats - I won't stand in your way
Roberto Carlos - Detalhes
Erasmo Carlos - Gatinha Manhosa
Bangles - Eternal Flame
Roy Orbison - Only the Lonely
Amy Winehouse - Back in black
Jerry Lee Lewis - Before the night is over
Tim Maia - Me dê motivo

* post-desculpa pra mostrar esse video incrivel do tim maia e esse teclado nojento anos 90
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13.9.07

Gilezmania!

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12.9.07

Gilez são mais populares que jesus cristo

Já que estamos numa onda fotos neste blog, vejam minha atuação no casamento do meu primo, sábado em Arroio do Meio (RS), entoando o hino All You Need Is Love na hora das assinaturas.
A guitarra tele e o ampli júnior, que falou como gente grande na capela, foram gentilmente cedidos por Alexandre de Santi.

Só vejam. Não valeria a pena ouvir.
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As melhores fotos

No casamentos dos amigos Filipe e Anna Martha (post lá embaixo), tivemos a sorte de sermos fotografados pelo Ricardo Jaeger que fez fotos espetaculares da festa. Até o Garagem Hermética ficou bonito nas imagens. São as melhores fotos que já fizeram da banda.

É ou não é?









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11.9.07

Discos que a Gilez toca (2)

Antigamente, este blog tinha uma seção fixa chamada "discos que a Gilez não toca", no qual comentávamos álbuns fora do escopo da banda mas que tinham grande valor.
Querendo ressuscitar esta coluna, acabei me deparando com um grande disco, mas que a gente toca bastante: Phil Spector - Back To Mono (1958-1969).
O álbum é grande literal e figuradamente. São 4 cds, lançados em 1991, compilando os artistas produzidos por esse sujeito, especialista em canções de amor e criador da técnica do Wall of Sound, reconhecível em qualquer lugar do universo. É um tijolão sonoro produzido com esmero. Em primeiro lugar, ele misturava instrumentos de orquestra, especialmente cordas e metais, com os de banda, em uma sala com ótima acústica. Tudo o que fosse tocado no estúdio era captado por microfones. Esse som era levado a um porão, que funcionava como câmera de eco - alto-falantes tocavam o que estava sendo feito no estúdio, e outros microfones captavam o reverberado resultado disso. Já com um baita eco, esse som era levado de volta para a mesa de controle, e gravado.

Assim eram feitas músicas como "Be my Baby", onde se escuta um sujeito sovando uma bateria como se não houvesse amanhã e, com a mesma clareza, delicadas castanholas marcando o fim dos versos da cantora. Isso, em tempos de som mono e rádio AM, era uma revolução. A tara de Spector por sons cheiões e compactos pode ser vista também em All Things Must Pass, de George Harrison - a ponto de, ao tocar ao vivo a música Wah-Wah no Concerto Pra Bangladesh, o ex-beatle ter usado duas baterias ao mesmo tempo.

Mas voltando ao CD, ali estão várias daquelas músicas que embalam filmes de época, incluindo "You Lost That Loving Feeling", dos Righteous Brothers, e Hold Me Tight (gravado pelos Treasures), que a Gilez toca. Além da já citada Be My Baby, das Ronettes (foto), mágico grupo vocal cuja principal Ronnie casaria com Phil Spector. Aqui vocês vêem como elas eram mágicas. Outra delas, Baby I love You, é demanda antiga minha para o repertório.
É discoteca básica. Além das acima, ouçam
- Spanish Harlem - Ben E. King
- There's no Other (like my baby) - Crystals
- To know him is to love him - Teddy Bears
- I love you how you love me - Paris Sisters


Phil Spector, o garoto-prodígio, hoje tem 67 anos e está em maus lençóis com a Justiça. Mas fez por merecer na vida. Todos os que amam devem algo a ele.
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6.9.07

O interior é o caminho

Semanas atrás tocamos de novo no dançante Bar do Tio Remy ("Você também é meu sobrinho", diz o slogan), em Igrejinha. Foi a segunda vez no bar, a segunda vez que tava lotado.

Êta gente que curte um xaxado retrô!

Todo mundo tava pilchado de fantasia dos anos 50 e 60, foi um auê. Por problemas que ignoro, o Portal TC, que cobre a vida noturna da região da Grande Três Coroas, publicou as fotos da festa só nessa semana. Aqui vão duas (o merchandising é culpa do Portal TC).



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5.9.07

In Perfect Harmony


Eu sempre tive pavor de fãs incondicionais de qualquer coisa. É deprimente ver um sujeito cego de fanatismo, desculpando toda e qualquer besteira feita por seus ídolos.

Uns anos atrás eu comecei a ganhar nos aniversários um monte de coisas dos Beatles. Todas legais - incluindo o livro de letras completas e o disco Rock'n'Roll, do Lennon, que eu esqueci numa lotação ao correr pruma passagem de som (imenso remorso). Mas me alertou pro fato de que talvez eu estivesse meio fã demais - se todo mundo pensa que dar algo dos Beatles é o presente perfeito, talvez seja um sinal. Não lembro o que eu fiz, mas parei de ganhar tanta coisa beatle, sinal de que o ponteiro do medidor de cegueira fanática baixou.

Depois de caminhar na rua às lágrimas em Liverpool e pichar "Gilez" no muro da EMI em Abbey Road, comecei a temer por uma nova fase de mongolice. A primeira providência foi deletar a pasta Beatle do ipod e tirar o CD "beatles-tudo" do carro. Mesmo assim, me peguei hoje baixando uma "rare track" do john e do paul cantando "Stand by Me". Algo drástico devia ser feito. E o fiz.

Ouvi "Ebony and Ivory" (1982) duas vezes. Arranjo podre de churrascaria. Voz chata. Teclado nojento. Letra babaca. Alusão inviável entre pessoas e teclas de piano. E vejam o que é a capa do single - não foram capazes de tirar uma foto com os dois juntos, sequer. Enquanto eu me der conta disso tudo, estou a salvo.
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4.9.07

Tira a naftalina e prepara a gomalina

Imagine uma cena com o Joe Ramone de cabelo lambido e esculpado por um gel fixador, sóbrio e sem All Star, executando com maestria a nona sinfonia de Beethoven em um violoncelo. É uma cena possível de acontecer (enquanto ele tava vivo), porém pouco provável...

Algo parecido ocorreu na noite do sábado (01 de setembro) em Porto Alegre. Os noivos Filipe Maia (guitarrista de Os Daltons) e Anna Martha escolheram um local bastante inusitado para celebrar suas bodas: o "underground" Garagem Hermética. De mero casamento, passou a ser o temático "Rock Wedding". Não só pela escolha do local, mas pela programação de shows com Os Caras Legais, Os Daltons e a Gilez (logicamente).

Quem deixou o conservadorismo de lado e compareceu ao evento saiu de lá com a certeza de que essa foi uma das melhores festas do ano! Ok, minha opinião é suspeita porque fui um dos responsáveis por embalar o agito, mas que jogue o primeiro comment quem não concorda comigo!!

Aproveitando o inusitado da situação, demos um merecido descanso para os nossos smokings azul-turquesa. Pra não chocar os fãs, mantivemos as gravatas. Para entrar no clima da festa e compor o visual, afrouxamos os colarinhos e tiramos do armário um festivo terno escuro. Eis o resultado:

obs.: a noiva (de costas) não faz parte do novo figurino. não espere encontrá-la em um próximo show nosso. e não olha muito que é uma mulher casada, ora pois.
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