Toca Bitoools!!

Apesar do pedido, neste dia em Igrejinha a gente tocou uma do Frankie Valli and the Four Seasons, chamada Can't Take My Eyes Off of You. Essa música já foi regravada por meio mundo, já ouvi versão disco, hip hop e o escambau. É muito bom de tocá-la, foi muito bom gravar na demo e sempre é ótimo ouvir.
O Frankie Valli nasceu Francis Stephen Castelluccio em New Jersey. Era um autêntico maledeto, fez inclusive participações na série The Sopranos. Imortal com o berro de "I love you baby", estará sempre nos corações da Gilez.

Foi assim que terminou

Foto batida no fim do show de sábado, quando comemoramos também o aniversário do Francis Cassol (adivinhem quem é na foto), no Vermelho 23.

Olha tch, será difícil achar na Internet sorrisos mais sinceros do que estes. A gente estava muito faceiro.

Gilez embesoura o fim de semana

Boa música do tempo em que existiam Aero-Willys do ano. O Conjunto Musical Gilez espera todos neste sábado no Vermelho 23 para bailar ao som do melhor dos Anos Dourados.

Beatles, Beach Boys, Roy Orbison, Platters e Elvis, entre outros mestres, estão garantidos no repertório exibido por Alexandre de Santi (guitarra e sapato bicolor), Márcio Cassol (guitarra e guaraná de rolha), Rodrigo Müzell (baixo e gumex) e Tiago Ritter (bateria e Gordini).

O QUE: Gilez embesoura o fim de semana

QUANDO: Sábado, 25/8, 23h

ONDE: Vermelho 23 - Bento Figueiredo, 23 - Bom Fim - Porto Alegre

QUANTO: R$ 10

Nesta quarta - Gilez toca (só) Beatles

Uma anfetamina aqui, um uísque ali, uns baseados depois de conhecer o Bob Dylan ou antes de conhecer a Rainha. Era o máximo de chapação dos quatro rapazes de Liverpool até o momento em que tudo começou a mudar no mundo - e também entre eles, com a criação de Sgt. Peppers, o flower power e toda a psicodelia adjacente.

Mas a Gilez, que também adora a fase lisérgica e pós-lisérgica (assim como as carreiras solo, os filmes e a mulher do Ringo e até as parcerias do Paul com o Stevie Wonder e do George com os Los Hermanos), decidiu mostrar que sim, há crocância na inocência.

Beatles antes das drogas pesadas é um show especialmente montado com músicas gravadas entre o primeiro disco, Please Please Me, e o álbum Rubber Soul, de 1965. Nesta quarta no Jekyll a gente vai mostrar porque a juvenil I Saw Her Standing There mudou tanto o rock quanto A Day In Life. Uns 30 temas dos Beatles, vão sacudir a Cidade Baixa depois do show dos Sandinistas, que lembrarão o melhor do The Clash.

Todos lá!

Muito afude!

Muito lisonjeira (pra não dizer ducaralho, que é palavrão) a visão que a Chic tem da Gilez!

Ótimo como o resto que a moça desenha, como vocês vêem no link cima. Ou, caso você seja analógico demais, aperte o botãozinho esquerdo do mouse em cima desta palavra aqui.

Porque dar 2 links para o leitor é sempre melhor do que só um, já dizia meu velho pai.

E nos pagaram!

Na semana passada ocorreu algo realmente incrível que infelizmente não conseguimos noticiar antes. Nós pagaram para ir até Gramado fazer um show num hotel de luxo. Nos pagaram para fazer isso!

O hotel era o Serrano e fomos à Serra por convite do Congresso Brasileiro de Ciências do Solo (algo que envolve agrônomos e geólogos até onde eu entendi). Depois de uma viagem macia a bordo da Sprinter do Rafa, nosso motorista oficial desde a visita a Igrejinha, chegamos a Gramado numa tarde espetacular. O show era cedo, começou às 18h, no bar do hotel, e não tivemos tempo para ficar zanzando pela cidade. Foi chegar, descarregar, passar o som, ganhar um quarto para se trocar e tocar. Eu disse "ganhar um quarto para se trocar"? Isso mesmo!


Como mostra a foto ao lado, nos deram um quarto ao lado do bar para que pudéssemos nos aprontar. Lembrando sempre que nos pagaram para isso! Não tinha muita gente no bar, mas o lugar era podre de chique, o som estava bom, o uísque era 12 anos e, putzgrila, estavam nos pagando. Perdoem a expressão, mas foi supimpa.

Foram um pouco mais de duas horas de show, deu tempo de cansar de tocar. E como estávamos com o nosso querido amigo Rivo Bühler substituindo o Rodrigo (vide post abaixo), não tínhamos tantas músicas no repertório para seguir a noite inteira. Terminado o show, guardamos tudo e fomos para o quarto, tomar banho, descansar, ver um pedaço dos jogos da rodada de quarta-feira e depois seguir viagem para Porto Alegre. Jantamos e antes da 2h estávamos em casa. Isso que é vida.

Gilez was here!

Quer dizer, um quarto da Gilez, pelo menos neste ano. No meu giro pela Europa que esta terminando esta semana - tenho que correr pra tocar no Bar do Tio Remi, em Igrejinha, neste sabado, pintem la! -, fui a Liverpool ver o Cavern Club, berco dos Beatles.

Ao descer do trem na estacao Lime Street, parei um pouco para pensar com qual musica dos Beatles eu ia pisar no solo sagrado. O pe direito foi posto ao som de And Your Bird Can Sing, perola do Rubber Soul, de 1965, e aih comecou dois dias de emocao pura.

Com mochila de 13 quilos nas costas, o mais obvio era procurar meu hotel. Mas ao ver a plaquinha "Cavern Quarter", dei uma quebrada as direita e depois as esquerda e cheguei no lugar onde Brian Epstein conheceu os quatro rapazes que mudaram o rock.

O Cavern eh, como diz o nome, um porao. Foi reconstruido na decada de 80 e hoje ainda funciona como club. Quando cheguei, tinha um guri tocando violao - musicas dos Beatles, claro. O bar eh uma face da noite de Liverpool, que tem bares muito afudes de rock e musica de verdade, como o famoso Jacaranda, onde fizemos backing vocal prum chicano que tocava um medley Guantanamera/Oye como va, e onde os Beatles iam pegar guriazinha de noite.

Outro lado da noite Liverpooliana sao clubs onde a entrada eh gratuita, um prato cheio para bebados. E bebadas - eu nunca vi tanta mina caindo de trago as 10 da noite na minha vida. Nao facam isso nos shows da Gilez, gurias.

Por falar nisso (quando chegar no Brasil, falo mais da Inglaterra, dos Beatles e posto fotos), nao esquecam da agenda da Gilez para a semana em que volto a empunhar o contrabaixo Fender Cruzeiro do Sul:

18/8 - Bar do Tio Remi, Igrejinha. O melhor do rock dos anos dourados para dancar horrores no pico mais legal da regiao. Eu, pelo menos, vou tocar atè cair, depois de 35 dias sem meter o dedo na corda do violao.

22/8 - Beatles Antes das Drogas Pesadas, Jekyll, Porto Alegre. Um recorte do show da Gilez: nesta noite mandaremos bala em mais de 20 temas dos Beatles gravados ateh 1965, quando eles recem estavam aprendendo com Bob Dylan a fumar um baseado aqui e ali. Mais informacoes em posts seguintes.

25/8 - Gilez embesoura o fim de semana, no Vermelho 23, Porto Alegre. A tradicional noite Gilez no Vermelho, comecando com musicas calmas e romanticas, terminando com o Ze Maria apavorado nos mandando baixar o volume e terminar o show antes que a policia chegue. Garantia de cadeiras arredadas.

Voodoo music

Serei sincero: o Conjunto Musical Gilez não presta a justa homenagem a Little Richard. A gente toca Tutti Frutti, certo, mas é com o arranjo de Rock Around the Clock, do Bill Haley. A única música dele que a gente toca com a devida solenidade é Long Tall Sally - talvez a música mais rock´n´roll do nosso repertório.

Little Richard tem dezenas de boas músicas que a gente deveria tocar, como Carol ou Good Golly Miss Molly. Vou brigar com os meus colegas de banda para que isto aconteça.

Ele foi o primeiro grande artista do rock. E foi o cara que inventou a "batida" do rock, aquele base tradicional que parece um trem desgovernado a caminho do precipício. Pra mim, ele também é melhor vocalista de rock. Ele canta alucinadamente. Elvis Presley tinha uma voz 100 vezes mais bonita. Elvis era eveludado, afinado e sabia ser erótico e atrevido com sua voz. Mas o rock´n´roll foi forjado a base de rebeldia, de raiva, de tesão, de víceras. E a voz de Little Richard é a única que expõe o rock da maneira mais crua e viceral possível. Alucinadamente.

Little Richard foi escolhido o oitavo artista mais importante de todos os tempos pela revista Rolling Stone. O curioso é que a publicação apresentou os perfis dos grandes artistas com textos de outros grandes artistas. Por exemplo, o perfil dos Beatles foi escrito pelo Elvis Costello. O perfil do Little Richard foi escrito por ele mesmo, Little Richard. Tem passagens geniais. Como esta:

People called rock & roll "African music." They called it "voodoo music." They said that it would drive the kids insane. They said that it was just a flash in the pan -- the same thing that they're saying about the hip-hop today. Only it was worse back then, because, you have to remember, I was the first black artist whose records the white kids were starting to buy. And the parents were really bitter about me. We played places where they told us not to come back, because the kids got so wild. They were tearing up the streets and throwing bottles and jumping off the theater balconies at shows. At that time, the white kids had to be up in the balcony -- they were "white spectators." But then they'd leap over the balcony to get downstairs where the black kids were.

Leia o resto aqui.