Hey, y´all!
Gosto muito da música country americana feita entre nos anos 50 e início dos anos 60. No feriado, viajei mais de mil quilômetros pelo pampa gaúcho e ouvi Patsy Cline, Johnny Cash, Hank Garland (o mestre! da foto) e Chet Atkins. Cenário e trilha em total harmonia. Tenho a tese que poucas vezes se fez uma integração tão perfeita entre o tradicional e o moderno quanto naquela época.
A irmandade entre as inovações (guitarra, o lap steel) e o conjunto tradicional da música popular rancheira é eterna e autêntica (no sentido de verdadeira, e não de inovadora). História, fundamental, clássica. Incrível como as guitarras (telecasters, telecasters, telecasters e algumas gretschs) não agridem o ouvido e não tentam se impôr ao resto do conjunto, como acabou acontecendo na evolução da música popular americana - o rock - ao longo dos anos 50.
Imagino que houve oposição dos caipirais tradicionalistas à guitarra elétrica naqueles anos. Algo inócuo, por supuesto, visto que a guitarra e o lap steel se tornaram artigos indissociáveis do universo country até hoje. Tenho uma explicação histórica para o sucesso desta associação: o meio-oeste americano - e o Interior dos EUA como um todo - viveu seus grandes dias no pós-guerra, enquanto Leo Fender criava os instrumentos mais bacanas do mundo. O meio-oeste era o celeiro do mundo. Dallas, outra cidade fundamental para a música country, era acapital da pecuária americana. Com o progresso, havia aplicação de recursos em tecnologia e cultura. Por isso, Nashville, Memphis e Dallas se transformaram nos centros culturais da América na década de 50.
Ao contrário do Brasil, onde o desenvolvimento econômico não é sinônimo de explosão cultural, a música americana se beneficiou sobremaneira dos pilas do campo. Minha tese, enfim, pessoal e intransferível, é que a guitarra elétrica (sinônimo de modernidade) casa tão bem com a música country daqueles anos porque o progresso e o campo tinham tudo a ver.
Fiquei imaginando porque a guitarra elétrica nunca foi bem utilizada na música caipira brasileira (não é a sertaneja porcaria que me refiro), que tem umas coisas bem legais, apesar da breguice e dos arranjos ruins. Cheguei a conclusão que o campo brasileiro nunca foi sinônimo de avanço. Melhor: quando o campo brasileiro foi sionônimo de prosperidade (como nos últimos 10 anos), não havia transformação cultural pronta para ocorrerta. A guitarra elétrica era notícia antiga na última década, não faz mais tanto sentido essa integração. Agora, ocasamento "moderno" seria entre música eletrônica e Tonico e Tinoco. Talvez seja um pulo muito grande. Talvez seja uma boa idéia para minha carreira solo.
Ei, foram mil quilômetros, tive tempo para pensar em muita bobagem.
Gosto muito da música country americana feita entre nos anos 50 e início dos anos 60. No feriado, viajei mais de mil quilômetros pelo pampa gaúcho e ouvi Patsy Cline, Johnny Cash, Hank Garland (o mestre! da foto) e Chet Atkins. Cenário e trilha em total harmonia. Tenho a tese que poucas vezes se fez uma integração tão perfeita entre o tradicional e o moderno quanto naquela época.
A irmandade entre as inovações (guitarra, o lap steel) e o conjunto tradicional da música popular rancheira é eterna e autêntica (no sentido de verdadeira, e não de inovadora). História, fundamental, clássica. Incrível como as guitarras (telecasters, telecasters, telecasters e algumas gretschs) não agridem o ouvido e não tentam se impôr ao resto do conjunto, como acabou acontecendo na evolução da música popular americana - o rock - ao longo dos anos 50.
Imagino que houve oposição dos caipirais tradicionalistas à guitarra elétrica naqueles anos. Algo inócuo, por supuesto, visto que a guitarra e o lap steel se tornaram artigos indissociáveis do universo country até hoje. Tenho uma explicação histórica para o sucesso desta associação: o meio-oeste americano - e o Interior dos EUA como um todo - viveu seus grandes dias no pós-guerra, enquanto Leo Fender criava os instrumentos mais bacanas do mundo. O meio-oeste era o celeiro do mundo. Dallas, outra cidade fundamental para a música country, era acapital da pecuária americana. Com o progresso, havia aplicação de recursos em tecnologia e cultura. Por isso, Nashville, Memphis e Dallas se transformaram nos centros culturais da América na década de 50.
Ao contrário do Brasil, onde o desenvolvimento econômico não é sinônimo de explosão cultural, a música americana se beneficiou sobremaneira dos pilas do campo. Minha tese, enfim, pessoal e intransferível, é que a guitarra elétrica (sinônimo de modernidade) casa tão bem com a música country daqueles anos porque o progresso e o campo tinham tudo a ver.
Fiquei imaginando porque a guitarra elétrica nunca foi bem utilizada na música caipira brasileira (não é a sertaneja porcaria que me refiro), que tem umas coisas bem legais, apesar da breguice e dos arranjos ruins. Cheguei a conclusão que o campo brasileiro nunca foi sinônimo de avanço. Melhor: quando o campo brasileiro foi sionônimo de prosperidade (como nos últimos 10 anos), não havia transformação cultural pronta para ocorrerta. A guitarra elétrica era notícia antiga na última década, não faz mais tanto sentido essa integração. Agora, ocasamento "moderno" seria entre música eletrônica e Tonico e Tinoco. Talvez seja um pulo muito grande. Talvez seja uma boa idéia para minha carreira solo.
Ei, foram mil quilômetros, tive tempo para pensar em muita bobagem.
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